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Channel: Chef André Nogal
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Angú recheado com ragu de lingüiça mineira e carne moída

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Sempre achei que a gastronomia mineira tinha muito da Itália, não só pela nítida influência dos colonos italianos na culinária caipira, tão bem representada pelo frango com macarrão de vara. Mas a ruralidade das duas, o clima, o porco, o milho, tudo isso me faz enxergar Minas&Itália como irmãs no meu imaginário.

Aliás, nunca conheci um lugar tão mineiro quanto a Sardenha. Sabe o diálogo mineiro do "- Dia!" "- Dia!"? Lá se fala "- Giorno!" "- Giorno!" Até a paisagem é muito parecida com partes de Minas.

A Itália, assim como Minas, é bastante rural e isso se reflete favoravelmente na gastronomia de várias das suas distintas regiões, onde as pessoas primam pelo alimento fresco, local, preparado no dia e de maneira simples, onde o que sobressai é a qualidade dos ingredientes.

Dessa mistura, por afinidade, das duas culturas, preparei, e preparo bastante aqui em casa pro jantar, esse prato ítalo-caipira:

Angu de fubá de moinho, recheado com ragu de carne e lingüiça mineira.

Ingredientes:
1 xíc. de fubá de moinho (ou qualquer outro fubá na falta do próprio)
4 xíc. de água
1 dente de alho amassado
Sal

Ragu:
200g de carne moída
200g de lingüiça mineira picadinha
1 cenoura média em cubinhos
1 cebola picada
2 dentes de alho picados
2 latas de tomate pelati ou 400 ml de passata de tomate
2 colheres(sopa) de azeite
1 folha de louro
Sal q.b.
Pimenta q.b.
Cobertura:
Queijo minas meia-cura ralado


Preparo:
Refogue a cebola e a cenoura no azeite.
Quando a cebola estiver transparente, junte o alho.
Refogue por 1 minuto e junte as carnes, fritando bem.
Adicione o tomate batido, ou a passata e a folha de louro.
Deixe cozinhar por 20 a 30 min. até o molho engrossar.
Tempere com sal e pimenta. Reserve

Angu:
Misture o fubá com a água fria e o alho amassado e leve ao fogo, mexendo sem parar até engrossar. Tampe e deixe cozinhar por 40 minutos.

Montagem:
Use um aro de 8,5 cm de diâmetro.
Posicione os aros dentro de um tabuleiro e coloque uma camada de angu quente, até a metade do aro. Uma camada do ragu. Cubra com mais um pouco de angu e finalize com ragu.
Deixe esfriar dentro dos aros.
p.s. Também pode ser montado em um pirex grande se não quiser ter o trabalho de montar em aros.

Finalização:
Tire da forma. Polvilhe queijo meia-cura ralado e leve ao forno até gratinar.
Sirva em um prato e coloque um fio de azeite e ervas picadas. Mangia que te fa crescere!

Mi Buenos Aires querido: Barrio Chino

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Barrio Chino - Buenos Aires - Dicas de viagem
Eu e Vivi resolvemos passar um mês em Buenos Aires. Na verdade foi metade “resolvemos” e metade “trabalho”. Juntamos a fome com a vontade de comer, e de quebra trouxemos os pirras pra uma imersão em outra cultura. E em primeiro de julho, aniversário de 12 anos dos pirras, fomos passear no barrio chino, a Liberdade aqui de BsAs. A Vivi gosta muito, e a gente queria fugir da turistada, que raramente se aventura por lá. Pegamos o colectivo em direção a Belgrano, e tivemos a boa suerte de um dia ensolarado.
Barrio Chino - Buenos Aires - Dicas de viagem
O barrio chino é muito menor que a Liberdade, na verdade é só uma rua, a Aribeños, mas não pior. Tem diversas lojas e supermercados com a maior diversidade de produtos asiáticos que já ví em terras não asiáticas. A grande maioria dos asiáticos daqui é de Taiwan e alguns tailandeses, o que torna o lugar peculiar ou, no mínimo, diferente da versão paulistana.
Barrio Chino - Buenos Aires - Dicas de viagem
Andamos pelas várias lojas de traquitanas, compramos meias de tricô para se usar em casa, visitamos todos os supermercados - afinal não são tantos - e a variedade de produtos impressiona. Tanto que, antes de voltar para o Brasil, darei uma segunda passadinha por lá pra rechear as malas.
Barrio Chino - Buenos Aires - Dicas de viagem
Depois da andança, paramos para comer em uma pequena lanchonete de espetinhos típicos de Taiwan, o La Esquina, dica da Vivi, que já conhecia. Uma delícia... os pirras se acabaram de comer e adoraram a novidade. Espetinhos de camarão empanado, frango agridoce, carne de porco, e a bebida mais estranha de todas, um chá com chocolate e grandes bolotas de tapioca,que parece que virou moda por aqui.
Barrio Chino - Buenos Aires - Dicas de viagem
Depois de enfiar o pé na jaca dos espetinhos ainda voltamos ao supermercado chino, para comprar um sushi pra levar pra casa. Sabe o bom, bonito e barato? Pois é, esses sushis que vem embalados são tudo isso.
Barrio Chino - Buenos Aires - Dicas de viagem
É só levar pra casa viver feliz!! Esse pratinho por apenas 9 reais*!!!!

Como chegar ao Barrio Chino, em Buenos Aires (mas olha, não conta pra ninguém, pra não encher de turistas e aumentar os preços):
Colectivos: Todo colectivo que para Belgrano te deixa perto do Barrio Chino. Linhas 15, 29, 38, 42, 44, 55, 60, 63, 64, 65, 80, 107, 113, 114, 118, 130
Subte (metrô): Linha D, desce na estação Juramento, e caminha pela rua Juramento até o número 1600, umas 6 quadras.

*Sobre a conversão. Ninguém troca reais (ou dólares) no câmbio oficial de 2,40pesos/1real quando pode trocar no câmbio Blue na calle Florida por 3,20. #fikdik

Mi Buenos Aires querida: Submarino e churros

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As crianças estavam loucas para experimentar o famoso Submarino, leite com uma barra de chocolate derretido, um clássico porteño. Por indicação de uma amiga local, fomos ao tradicional La Giralda.
Apesar da localização, Av. Corrientes, dá pra perceber que não é um lugar muito turístico. O ambiente era agradável e eramos os únicos forasteiros por alí.
O La Giralda se parece muito com os antigos e tradicionais bares cariocas, e isso não é bacana: garçons apáticos e atendimento frio. O lugar é famoso pelos churros e submarino. O churros coberto com chocolate que pedi foi completamente decepcionante, estava frio, duro, oleoso e coberto com chocolate de péssima qualidade. Qualquer carrocinha de churros no Brasil dá de dez a zero.
Pelo menos as criança ficaram muito felizes com o Submarino.

Bom, moral da historia: Eu não gostei mas se você estiver batendo perna pela Corrientes e quiser provar o Submarino, vai lá, só não peça o churros.

O La Giralda fica na Av Corrientes 1453, Buenos Aires, Capital Federal. Subte Uruguay.

Mi Buenos Aires querida: Churros, a missão!

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Acho que foi de tanto reclamar do churros ruim da Corrientes que, hoje, caminhando aqui na vizinhança de Palermo, passei por essa simpática lojinha, que parece uma pequena fabriqueta. Ainda meio ressabiado resolví dar uma conferida. Vai que?
O lugar era muito simples, mas amigável, o aroma era bom e as pessoas gentis... Sem contar os preços super pechincha. Além dos churros, o lugar vende donuts, strudel e "pasteles" que estão na fila da prova!

Pergunta, vai?: "E os churros? E os churros?" Estavam quentinhos, super crocantes e bem recheados com um doce de leite razoável (razoável é a nota máxima que dou para os doces de leite argentinos, que são muito doces). Avaliação final?? Dos melhores churros que já comi na vida!! \o/
Eu e as crianças comemos os churros, e pra provar que a questão estava resolvida, voltamos e repetimos a dose. A churreria existe desde 1968 e conta com outros endereços na cidade. Trabalham principalmente com entrega e take out. Ainda não experimentei o de Roquefort, mas se você pedir, eu volto lá :-)

Churros El Topo * Calle Serrano 1311, Palermo - Buenos Aires

Nogal na Bota: Veneza - Cantina do Mori

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Veneza é uma das cidades mais turísticas do mundo. E consequentemente, uma das mais caras da Itália. É a capital dos casais apaixonados em lua de mel, que aparecem aos montes, passeando de gondola pelos canais da cidade. É considerada a primeira capital econômica do capitalismo, devido ao sua grande frota comercial que se desenvolveu a partir do século X. Também foi o berço de Vivaldi, e de um monte de filmes americanos...


Hoje, apesar de tudo ali respirar turismo e casais melosos, a cidade ainda possui uma aura misteriosa que me fez querer ficar mais tempo e explorar aquele labirinto medieval.

Umas das mais interessantes descobertas foi a Cantina do Mori, o boteco mais antigo de Veneza. E coloca antigo nisso! A cantina está aberta desde 1462. Apesar de ser muito procurada por food hunters não é um programa tão turístico assim. O lugar ficar bem escondido perto do mercado de Rialto e serve bons vinhos, sem frescura, direto do garrafão.


Em sua vitrine ficam expostos os cicchettis, como são chamados os petiscos por lá. Você pode provar vários queijos da região, embutidos, sardinhas e a grande pedida: um cicchetti de mini polvo delicioso.


O lugar não é caro, mas também não é barato. Por aproximadamente 15 euros/pessoa você tomas umas 2 taças de vino e prova alguns petiscos. Dá pra sair de lá feliz. O atendimento foi gentil e conseguimos conversar um pouco com o barman, porque o bar estava vazio.


A decoração remete aos tempos da inauguração do bar, e o teto é cheio de baldes de cobre que eram usados para pegar a água da chuva, que ficava armazenada nas cisternas que existem embaixo das ruas e praças da cidade.


Essas duas turistas japonesas acima foram as nossas únicas companhias durante nossa passagem pelo Mori, e já estavam pra lá de Bagdá.

Cantina do Mori
Endereço:
San Polo 429, Veneza, Itália
Contato: +39 0415 225401
Funciona: Segunda a Sabado: 8h30-20h30

Mi Buenos Aires querida: peixaria gourmet

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Estava andando de bobeira pela Corrientes e, ao passar pela Montevideu,  me lembrei dessa peixaria que já havia me chamado a atenção. Tem uns balcões de aço inox com gelo picado e os peixes e frutos do mar dispostos sobre o gelo. 


Entrei para dar uma conferida e fiquei impressionado. A loja é muito bonita, parece até uma joalheria e dando uma pesquisada em sua história descobri que foi originalmente fundada nos anos 1920 por Victor Colucci e se firmou ao longo do sec. 20 como um importante distribuidor de pescados no Centro de Buenos Aires.


Além de peixes e frutos do mar frescos, a loja ainda oferece congelados e  algumas comidas prontas no sistema de “take out”.



 Pra quem gosta e tem um lugar para cozinhar aqui, vale uma passadinha. Eu, já estou pensando em fazer uma paella...

Galinhada caipira, uma receita simples

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O carnaval ainda não passou, mas tenho que começar meu ano. :-I Então, aproveitando que uns amigos me trouxeram um galinha caipira lá de Minas, vamos fazer uma receita simples, como eu diria, uma panelada. Mas de um sabor raro nos dias de hoje. Até porque vivemos na cidade grande e as galinhas caipiras não costumam dar as caras por aqui...

E já vou avisando, já que certamente você vai ter dificuldade de encontrar uma galinha caipira, que pode ser feito com frango orgânico, ou “free range”. Na pior das hipóteses faça com frango de granja, fazer o que né?

O prato é perfeito para um almoço de domingo! Serve de 4 a 6 pessoas, mas fique atento: se for chamar mais comensais é sempre bom colocar mais uns pedaços de galinha (coxas e sobrecoxas).

Vamos lá: O segredo pra galinhada ficar boa é usar uma galinha, ou frango, inteira. Isso que vai dar o sabor. O primeiro passo é cortar a galinha em pedaços separando as coxas, asas, coxinhas, sobrecoxas, peito, pés, pescoço e costelas. As partes que tem apenas ossos serão usadas para fazer o caldo, isso mesmo, esqueça pelo menos por hoje o tabletinho de caldo.

Ingredientes:
1 galinha caipira cortada em pedaços
2 cebolas roxas cortadas em cubinhos (pode ser da branca também)
4 tomates sem pele cortados em cubinhos
5 dentes de alho picados
3 xícaras de arroz branco
1 mólho de salsa picada tipo 1
½ xícara de pimenta biquinho em conserva
5 colheres (sopa) azeite
1 colher (sopa) manteiga
Sal e pimenta q.b.
Ingredientes para o caldo:
1 cebola grande cortada ao meio
3 dentes de alho
1 cenoura média descascada e cortada em rodelas
2 folhas de louro
10 sementes de pimenta do reino
1 colher (sopa) urucum
1 colher (chá) açafrão da terra
1 ramo de salsinha
Ossos e pés da galinha
2 litros de água fria


ETAPA 1: Tempere os pedaços do frango (coxas, sobrecoxas, asas, coxinha da asa, peito e pescoço) com alho picado (2 dentes) sal e pimenta. Ah! Eu também coloco o coração, fígado e moelas.

ETAPA 2: Pegue uma panela alta e coloque os ingredientes para o caldo. Cubra tudo com 2 litros de água fria e leve ao fogo. Assim que ferver, abaixe a chama e deixe cozinhar por meia hora. Está pronto seu caldo. Reserve.

ETAPA 3: Separe e lave o arroz

ETAPA 4: Aqueça uma panela grande (40cm) com 5 colheres(sopa) de azeite e 1 colher (sopa) de manteiga. Frite os pedaços de frango até que fiquem bem dourados.


ETAPA 5: Junte as duas cebolas roxas picadas em cubinhos, 4 tomates picados sem a pele e 3 dentes de alho picados ao frango e refogue até a cebola murchar.

ETAPA 6: Agora adicione o caldo de galinha quente até cobrir o frango (reserve a metade do caldo para fazer o arroz), tampe a panela e abaixe o fogo. Deixe cozinhando por 1h30* aproximadamente. Eu gosto da carne quase soltando dos ossos. Daí está na hora de adicionar o arroz e mais caldo ser for necessário.


ETAPA 7: Misture muito bem o arroz na panela, verifique o sal e adicione mais caldo até cobrir tudo novamente, mais ou menos 2 cm de caldo acima do arroz. Cozinhe no fogo baixo até que o arroz fique macio (se precisar adicione mais caldo, aos poucos).

ETAPA 8: Etapa opcional, mas o resultado é mais saboroso. Quando o arroz estiver cozido adicione ½ xícara de pimenta biquinho em conserva (escorrida) e abafe com a tampa, deixe mais 10 min. Com o fogo desligado.

Depois disso tempere com bastante salsinha picada , sirva e espere a cara de felicidade das pessoas. Isso é Comfort Food!!

p.s. É comum ficar uma camada agarradinha no fundo da panela e tem gente que briga pra pegar o fundinho.

* A galinha caipira tem a carne mais firme e demora mais para cozinhar. Se for usar frango de granja fique atento ao cozimento.

Macarrão simples, light, fresco e rápido

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Quem me conhece sabe que, mais do que cozinhar, eu adoro comer :) Principalmente quando algum amigo me convida, aí que eu fico feliz mesmo! #ficaadica.

Mas vamos combinar que nesse calor do Hell de Janeiro tá difícil ter fome, durante o dia então... nem se fala. Hoje foi um desses dias, tô praticamente vivendo a base de água. Então aproveitei pra fazer uma massinha super fácil e bem leve, mas é leve mesmo. Aproveitei o que tinha na geladeira (uma rúcula meio cansada, um manjericão marromeno, um restilho de espinafre) pra incrementar esse molho que nem vai ao fogo, super fácil de fazer.

Receita pra dois:

300g de macarrão parafuso (fusilli)
1 lata de tomate pelado
1 dente de alho
6 azeitonas recheadas
30g de parmesão ralado (eu usei um pecorino que estava na geladeira)
manjericão e rúcula (eu também usei espinafre)
100g de mozarela de búfala em pedacinhos

Preparo:
Cozinhe o macarrãoal dente e deixe esfriar.


Lave as folhas (rúcula, manjericão e espinafre) e reserve.


Bata o tomate pelati + parmesão + azeitonas + dente de alho até ficar homogêneo. Acerte o sal.


Junte as folhas e apenas pulse o liquidificador. A idéia é incorporar as folhas ao molho mas deixá-las aparentes.


Agora é só misturar o molho com o macarrão e juntar os pedacinhos de mozarela de búfala (ou o queijo de sua preferência) e pronto.


Pode comer sem suar cântaros!

p.s. Não se esqueça de colocar um bom fio de azeite na hora de comer!

Homus verde - como fazer

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Já que esse calor não vai embora - mesmo tendo uma trégua essa semana - tive que dar o meu jeito aqui na cozinha, e fazer mais receitas leves, que dão menos suadeira :-D Fiz homus, que eu adoro, é super saudável. ;-) Mas resolvi dar um trato no bom e velho homus tahini, pra dar uma variada. E pra não ter - e nem te dar - muito trabalho, nem descasquei os grãos.

O resultado é uma delícia, é uma ótima opção de receita vegetariana e vegana, para substituir a manteiga, e ainda é perfeita pra dietas Dukan. Vamos à receita?

Homus verde (com espinafre):

ingredientes:
1 xícara de grão de bico
2 xícaras de folhas de espinafre
4 colheres(sopa) de azeite
1/2 limão
1 dente de alho pequeno
sal a gosto

Etapa 1: Deixe ogrão de bico de molho em bastante água por, pelo menos, 12 horas. Cozinhe na panela de pressão até ficar macio, deve levar uns 20 minutos. Não dispense a água do cozimento, ela é muito importante para bater os grãos e dar sabor ao homus.


Etapa 2: Lave as folhas de espinafre e vamos fazer um processo que vai deixá-las mais verdinhas por um bom tempo. Chama-se branqueamento.

Ferva água em uma panela e mergulhe as folhas de espinafre até que fiquem com um tom verde escuro. Deve levar aproximadamente 1 minuto. Tire as folhas e resfrie imediatamente. Para resfriar, o ideal é usar uma bacia com água e gelo mas eu resfriei direto na torneira da pia.
Etapa 3: Coloque os grãos + alho + azeite + folhas de espinafre no liquidificador. Use a água do cozimento dos grãos, mas vá colocando aos poucos para que o homus não vire uma sopa, e fique com a consistência certa, ou seja, pastosa.


Agora é só misturar o suco do limão e acertar o sal. Seu homus pode ser guardado na geladeira por uma semana.


Eu servi com umas sementes de abóbora torradas e salgadas que comprei em uma loja de produtos naturais e, é claro, pão pita. Delícia!

Tomate só que não

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Olha! Se tem uma coisa que me deixa feliz na vida é bater perna por Minas Gerais. Especialmente a Serra da Mantiqueira no sul do estado. Na porção mineira dessa serra que pega os estados de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro estão minhas origens, e algumas de minhas melhores lembranças da vida. E não é à toa que o meu melhor amigo também tenha suas raízes por lá, em uma cidade que, por causa dele, visitamos todo começo de ano, Itajubá. Essa pequena viagem de fim de semana já é uma tradição, e confesso que fico esperando o ano inteiro o Daniel me avisar: - Olha, o churrasco tá marcado pra fevereiro, bora?

E essa introdução toda sentimental foi só pra  entrar no espírito e pegar a estrada do pensamento pro Mercado Municipal de Itajubá, que nem é tão grande assim, não chega nem perto do Mercado de BH, mas ainda conserva aquele clima de roça com personagens e produtos que são artigos de luxo aqui no Rio. Linguiça fresquinha no açougue, queijo Minas de verdade, doces, e algumas verduras e frutas impossíveis de se encontrar por aqui. Sem contar que lá fica o melhor boteco do mundo, Bar do Noé, mas isso é uma outra história...
E nessa última andança por lá, me deparei com essa fruta curiosa que eu não conhecia. Parece uma mistura de tomate com maracujá, meio azedinha, meio salgada, meio... diferente. Me apresentaram como tomate de árvore, depois, pesquisando mais um pouco descobri que se chama tamarilho e é nativa dos Andes, sendo encontrada originalmente no Peru, Colômbia, Equador, Bolívia e Argentina. E é cultivado em Portugal, Brasil, África, Nova Zelândia e por aí vai... A frutinha até que é popular né! E em cada um desses lugares ela recebe um nome diferente.  Dizem que faz bem pra gripe, dor de garganta, fortalece o sangue, cura o figado e tals.
Fato é que provei, gostei e resolvi trazer umas na mala pra fazer uns testes em casa. Serve pra fazer sucos, molhos e o vendedor lá do Mercado me falou pra comer com arroz. Essa ainda não testei. Quem sabe?

Por enquanto a caipirinha fez muito sucesso, é uma delícia, e - como comer com os olhos também é importante - bem bonita, não acha?

Salpicão de frango

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A segunda-feira começou cheia de trabalho. Só fui lembrar do almoço quando bateu a fome. Corri pra cozinha e me encontrei com a dura realidade de que a geladeira tinha sido esvaziada no fim de semana. Sobraram uns pedaços de frango assado, do almoço de domingo, uns poucos legumes tristes, uma lata de milho no vapor, umas pobres azeitonas... Como fazer uma receita fácil, rápida, e saborosa, com esses ingredientes?

Não haviam muitas opções, e parti para um bom e velho salpicão. Fácil, rápido, gostoso e ainda é light né? (Coloquei só um pouquinho de maionese, tá bom. Mas foi só um pouquinho :)

O salpicão anda meio discriminado, mas é uma receita clássica, dessas que (quase) todo mundo sabe fazer, e que aceita uma variação razoável de ingredientes, de acordo com o que se tem em casa. É perfeito para a pressa do dia-a-dia. É um prato "vernacular".

Vernacular é uma palavra que minha mulher usa bastante, aplicando a banco que é banco, sem assinatura e sem frescuras. Cadeira que é cadeira, sabe como? A wikipedia tem um verbete com a expressão "Design Vernacular", dizendo que são soluções materiais ou visuais presentes no cotidiano, e que indicam forte ligação com a cultura local, podendo ser qualquer produto desenvolvido a partir de um hábito cultural. Aplico aqui o adjetivo "vernacular" ao salpicão, porque pra mim faz o mesmo sentido. Salpicão é uma comida sem frescura, feita de norte a sul do Brasil, faz parte da nossa cultura e a gente nem sabe quem inventou.

Em Portugal chamam outra coisa de salpicão, um embutido que já usei bastante em receitas, e comprava em um açougue de Vila Isabel. Mas o salpicão salada não tem história ou origem especial, é mesmo vernacular, não concorda?

Vamos à receita!


Salpicão fácil e rápido (restô-dontê):

Pedaços do frango assado desfiado
2 cenouras raladas
1 cebola em cubinhos
10 azeitonas recheadas fatiadas
2 tomates (sem sementes) em cubinhos
1 lata de milho cozido no vapor
3 colheres (sopa) de passas
Azeite ou maionese para dar a liga (quanto você achar necessário)
Batata palha (opcional, mas o prato deixa de ser Dukan)

É só misturar tudo e temperar. Almoço de segunda pronto, esposa feliz e sem bagunça na cozinha :)

Prato rápido: Carne + arroz + salada

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Então é isso, passou o carnaval. Quem era de pular, pulou. Quem foi viajar já voltou, e eu confesso que passei esses dias escondido em casa, não ouvi um tamborim sequer. Nem liguei a televisão. E nesse ritmo caseiro fiz esse prato fácil e rápido, porque eu não tava querendo muito trabalho mesmo. Mas garanto que vai deixar qualquer folião feliz. E pra preparar tudo desde o comecinho, é menos de 1 hora. :-)

Filé marinado no shoyu com cebola roxa + arroz branco com alho + salada + molho da salada.

Ingredientes (2 pessoas):

Carne
400g de filé mignom ou fraldinha
5 colheres (sopa) de shoyu
1/2 cebola roxa fatiada
sal e pimenta q.b.

Arroz
1 xícara de arroz branco
11/2 xícara de água fervendo
1 dente de alho picado
1 colher (sopa) azeite
1 colher (sobremesa) sal

Salada
1/2 pacote de ervilha congelada
1 lata de milho no vapor
1/2 cebola roxa fatiada
1 cenoura fatiada ou ralada

Molho da salada
4 colheres (sopa) maionese
1 colher (sopa) mostarda

Preparo:
- Separe todos os ingredientes da lista.

- Corte o filé en tiras de 1x8cm e deixe marinando no shoyu com a cebola roxa.

- Vamos fazer o arroz. Coloque a água para ferver e aqueça o azeite em uma panela. Junte o arroz sem lavar mesmo, o sal e o alho picado. Frite o arroz (ou seja, vá mexendo o arroz na panela quente, até mudar um pouco de cor, ficar mais leitoso ao invés de transparente), por 2 minutos e junte a água fervendo. Tampe a panela e deixe no fogo baixo por 10 minutos ou até que fique cozido.

- Agora a salada: ferva a ervilha congelada por 2 minutos, tire da água e deixe esfriar. Junte o milho, a cebola roxa e a cenoura fatiada. (Se quiser, coloque alface americana picada).

- Molhinho da salada: misture a mostarda com a maionese. Isso, simples assim. Só que usei mostarda artesanal, que eu mesmo fiz e já ensinei aqui.

- Agora que o arroz já deve está pronto, pegue uma frigideira, coloque 2 colheres (sopa) de azeite e deixe aquecer. Junte a carne sem o molho da marinada (o shoyo + cebola + sumo que saiu da carne), e quando estiver frita por igual, acrescente o molho e desligue o fogo. Coloque o arroz em uma travessa e a carne com o molho por cima. Salpique salsinha e cebolinha e sirva com a salada.

Bom apetite!

Prato rápido 2: Picadinho de filé + arroz branco + farofa maravilhosa de banana da terra e de quebra um ovo frito

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O prato de hoje é um clássico da nossa culinária vernacular (termo que expliquei nesse post). Uma combinação perfeita entre carne, banana e ovo, acompanhada de arroz branco e as vezes até um feijãozinho. Comidinha confortável que abraça o seu estômago. Uma pílula de felicidade instantânea agora ao alcance das suas mãos =).

Acho que é a falta de tempo, mas tô ficando craque em transformar receitas aparentemente complicadas em preparações que ficam prontas em menos de uma hora. o/ Essa nem foi programada, eu abri a geladeira e tinha uma pedaço de carne (que tinha sobrado do outro almoço) e umas três bananas da terra (sobra da feijoada de sábado) e pronto... virou picadinho! É claro que não fiz nenhum caldo de carne que fica uma semana no fogo, bla bla bla, talecousa. Nem usei os tabletinhos de caldo que, na minha opinião, só em último caso, tipo apocalipse zumbi. Enfim, pra facilitar fiz um molhinho com shoyu e funcionou super bem. Vamos à receita?

Picadinho rápido de filé + arroz branco + farofa maravilhosa de banana da terra e de quebra um ovo frito

Ingredientes (2 pessoas):

Carne
300g de filé mignom
6 colheres (sopa) de shoyu
1/4 cebola em cubinhos
1 dente de alho picado
sal e pimenta q.b.
1 colher (sobremesa) de farinha de mandioca torrada

Arroz
1 xícara de arroz branco
11/2 xícara de água fervendo
1 dente de alho picado
1 colher (sopa) azeite
1 colher (sobremesa) sal

Farofa
2 bananas da terra maduras, cortadas em cubos de 1cm
3 colheres (sopa) de manteiga (é gente, farofa é bem gordinha mas depois eu ensino uma light)
1 colher (sopa) azeite
1/2 cebola em cubinhos
1 xicara de farinha de mandioca torrada

Ovo frito (pode ser poché, que eu prometo que ensino outra hora)
2 ovos
1 colher (sobremesa) manteiga
1 colher(sobremesa) azeite


Preparo:

- Separe todos os ingredientes da lista.

- Corte o filé em cubos de 2x2cm e deixe marinando no shoyu com a cebola e o alho.

- Farofa: Bom, a banana já está em cubos, certo? Então vamos fritá-la em uma colher de azeite + 1 colher da manteiga, até ficar dourada. Agora junte o restante da manteiga e a farinha. Misture muito bem, delicadamente em fogo baixo até que a farofa fique crocante. Acerte o sal.

- Vamos fazer o arroz. Coloque a água para ferver e aqueça o azeite em uma panela. Junte o arroz sem lavar mesmo, o sal e o alho picado. Frite o arroz (ou seja, vá mexendo o arroz na panela quente, até mudar um pouco de cor, ficar mais leitoso ao invés de transparente), por 2 minutos e junte a água fervendo. Tampe a panela e deixe no fogo baixo por 10 minutos ou até que fique cozido.

- Agora que o arroz já deve está pronto, pegue uma frigideira, coloque 2 colheres (sopa) de azeite e deixe aquecer. Junte a carne sem o molho da marinada (o shoyo + cebola + sumo que saiu da carne), e quando estiver frita por igual, acrescente o molho da marinada e a colher de farinha de mandioca para engrossar.

- Leve ao fogo uma frigideira pequena, e se for antiaderente use só uma colher(chá) de manteiga. Frite o ovo em fogo médio. Uma boa dica é abafar a frigideira com uma tampa para cozer a superfície do ovo e deixar a gema meio molinha.

Agora sirva um pouco de arroz, farofa e picadinho, coloque o ovo por cima do arroz, estoure a gema  e seja feliz!!!! \o/  /o\  \o/

Receita fácil para a Páscoa: sardinhas marinadas

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Dia desses comprei essas sardinhas, porque estavam bem bonitas, e guardei no congelador esperando por um bom motivo pra elas irem pra panela. A pobre da sardinha, peixinho discriminado e marginal, é um alimento saudável, barato e delicioso. Daí pensei: já que as pessoas gostam de comer peixe na Páscoa, porque não sugerir sardinhas? Dão uma boa entrada, e com carinho ficam lindas (porque também comemos com os olhos) e deliciosas como o prato principal.

Pois essa é uma receita que vale para o dia-a-dia, porque é fácil e rápida (e é uma receita light, de peixe assado). E vale pra festinha, porque caprichando nos temperos e na cor dos acompanhamentos, fica parecendo uma produção de livro de receitas bacana. ;-) E ainda dá pra tirar uma onda, dizendo que você "resolveu valorizar os ingredientes populares em um prato especial". Né não? :-D Te ensino a fazer um acompanhamento simples e gostoso, e garanto! Vai fazer sucesso :-) Bora lá?


Procure sardinhas frescas e grandes numa peixaria de confiança, e peça para virem limpas (sem vísceras e sem escamas). Calcule de 1 a 2 sardinhas por pessoa.

MARINADA - Ingredientes para 2:

- 4 sardinhas inteiras limpas
- 8 azeitonas recheadas
- 2 dentes de alho
- 1 limão
- 6 colheres (sopa) de azeite
- 2 colheres(sopa) de salsinha picada
- sal e pimenta a gosto

Como fazer:
Bata todos os ingredientes (menos as sardinhas, né?) rapidamente no liquidificador. Deixe ficar uns pedacinhos. Tempere as sardinhas por dentro e por fora com essa pasta e deixe descansar na geladeira.


ACOMPANHAMENTO - Ingredientes para 2:

- 4 batatas médias
- 4 dentes de alho com casca
- 8 tomates cereja cortados ao meio
- azeite q.b.
- sal e pimenta

Como fazer:
- Coloque as batatas em uma panela com água fria, e cozinhe até que estejam macias (espete um garfo na batata e se ela escorrer facilmente está pronta).
- Retire as batatas da água e coloque em um tabuleiro forrado com papel manteiga, e 1 fio de azeite (=um pouco de azeite por cima do papel manteiga).
- Amasse as batatas com a ajuda de uma colher de madeira grande (jeito mais fácil, porque elas estarão muito quentes), e deixe-as como na foto acima.
- Distribua os tomates e dentes de alho e regue com azeite, sal e pimenta.
- Leve ao forno bem quente para gratinar.
- Retire do forno quando estiverem douradas.
- Deixe esfriar um pouco e passe o conteúdo do tabuleiro para uma vasilha bonita, que já possa ir para a mesa.


Agora vamos às sardinhas. Coloque-as no mesmo tabuleiro em que foram assadas as batatas, regando antes o tabuleiro com mais um pouco de azeite. Decore com umas rodelas de limão e leve ao forno bem quente, até começar a dourar nas beiradas, como abaixo.


Agora é só decorar com salsinha e mais limão e servir como petisco, entrada ou prato principal, com as batatas. Duvido que alguém vai torcer o nariz pra elas :)


Me fala que não ficou bonito? A turma aqui caiu matando... não sobrou nadinha. Olha só:



Primeira oficina de cozinha rápida

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E a primeira oficina de cozinha rápida Trato no Prato foi um sucesso. Os participantes foram recebidos com um drink de boas vindas para dar uma relaxada e quebrar o gelo, mas logo botamos a mão na massa.
O flyer :-)
De entrada, aprenderam a preparar uma deliciosa e simples bruschetta de ricota cremosa com tomatinhos assados e ervas.
 O segundo prato foi uma massa ao pesto siciliano, com meu toque especial.
Para acompanhar, um espeto de peito de frango marinado em molho de mel, alho, cúrcuma e ervas.
Finalizamos com um sorvete de banana express. :-)

A próxima oficina de gastronomia já está marcada.  :-D Todas as informações aqui.

Como fazer pizza napolitana, aprenda comigo!

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Então, a nossa próxima oficina vai acabar em pizza. :-) #nãoresisti Vou ensinar passo-a-passo da massa e um molho bem tradicional, simples e saboroso. Dentro dos princípios da verdadeira pizza napolitana. E o grande truque para fazer pizza em casa como na pizzaria, será assar a pizza direto em uma placa de cerâmica, simulando um forno a lenha. Vem? Todas as informações aqui.

Dicas de cozinha: como evitar que o leite derrame?

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Essa é uma dica muito antiga, que aprendi com a minha avó. Mas é bom começar com outra explicação.

- Por que o leite derrama quando ferve e a água não?

O calor da chama do fogão aquece o líquido (seja água, seja leite), que ao atingir a temperatura de ebulição (=fervura) forma bolhas que sobem à superfície porque são mais leves que o líquido.

No caso da água, a bolha se desfaz ao atingir a superfície, e forma vapor de água, aquele vapor que sai da caneca, ou que - no caso de uma chaleira com apito na ponta - provoca o assovio.

Já com o leite, a coisa é diferente. O leite é constituído de muitas substâncias (água, lactose, sais e gorduras). Naturalmente as gorduras são mais leves que a água (acredite! A densidade do óleo é menor que a da água. Coloque água e óleo em um copo, e você verá o óleo ficar por cima). As gorduras e proteínas formam uma nata, uma película.

Ora pois, a fervura da parte água do leite acontece mais rápido que a dos outros componentes do leite (tecnicamente, o ponto de ebulição da água é mais baixo do que o dos demais componentes do leite), e a água forma bolhas (=se transforma em vapor). Isso ocorre principalmente no fundo da panela, pois é ali que o calor chega primeiro. O vapor forma bolhas que sobem até a superfície. Quando as bolhas chegam à superfície do leite, não conseguem romper a camada de gorduras e proteínas. Então as bolhas empurram para cima esta nata, formando espuma, que derrama.

Para evitar que isso aconteça, é bom usar fogo baixo e ainda colocar um pires emborcado no fundo da caneca. Com o processo da fervura as bolhas se formam e movimentam o pires, que funciona como se fosse uma colher mexendo, e arrebenta as pequenas bolhas. Assim evita que o leite transborde sobre o fogão. ;-)

Ah, a ilustração foi feita por meu filho de 12 anos, João.

Como fazer ovo pochê, truques e curiosidades

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Um ovo pochê (no francês "oeuf poché" e no inglês "poached egg" e no português de portugal "ovo escalfado") é um ovo cozido em líquido. Tá bem na moda, porque não leva gordura pra fazer, então é mais light. E quer saber? É uma delícia!

Mas muita gente tem medo de fazer errado, ou já tentou e virou uma espuma danada na panela. Então falemos um pouco sobre o processo. Entender como se dá o cozimento pode deixar mais fácil atingir um resultado bacana (=gostoso e que não parece um ovo atropelado, :-D)


A clara de ovo (tecnicamente albumina) cozinha a 60 graus celsius a um ph neutro. Um bom truque é acrescentar vinagre. O vinagre é um ácido (tem um ph mais baixo), e acrescido à água de cozimento do ovo pochê faz com que a clara cozinhe mais rápido, o que evita que se desfaça, e permite que o ovo pochê fique mais bonito.

Qualquer ácido líquido, como o limão, teria o mesmo efeito. Outro ingrediente que abaixa a temperatura de cozimento, agiliza o processo e permite que o ovo fique perfeito é o sal. (Açúcar, inversamente, aumenta a temeratura de cozimento, e torna o processo mais lento, mas esta é uma questão para conversarmos em uma receita de arroz doce.)


Como fazer ovo pochê - o que você vai precisar:
- panela pequena de uns 15 cm de diametro
- 2 colheres (sopa) vinagre (qualquer um)
- sal q.b.
- pimenta do reino q.b.

Como fazer ovo pochê - passo-a-passo:
- Coloque água até a metade de panela
- Deixe a água ferver e adicione uma pitada de sal, e o vinagre.
- Abaixe o fogo para o mínimo, faça um redemoinho usando uma colher e coloque delicadamente o ovo no centro.
- Quebre o ovo em uma xícara ou concha.

Eu espero a clara coagular e retiro o ovo com a gema mole. A Julia Childs coloca o ovo pra cozinhar, dentro da casca mesmo, por 10 segundos, antes de quebrar o ovo, e depois ainda coloca o ovo na água gelada. Dá uma olhada no vídeo abaixo.


Eu não vi nem muita diferença com o cozimento inicial, nem vantagem com a água gelada (que serve para parar o cozimento), porque gosto de comer o ovo quente. :-)

KAOL (ou caol), o clássico prato feito de Belo Horizonte, e a minha versão

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Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, e tantas vezes troquei o sossego de uma casa pelo assanhamento triste dos ventos de outras terras, queria mesmo neste instante era voltar. E minha saudade agora é adulta, lá se vão dezoito anos que deixei Belo Horizonte e nunca mais voltei. Eu que sou de família mineira e nasci no interior do estado do Rio de Janeiro, quando saí da casa dos pais resolvi que ia fazer faculdade em BH, que me parecia mais familiar do que a capital carioca. Foi uma época muito feliz e que marcou a minha vida. E uma das coisa de que mais sinto falta (não podia ser diferente) é da comida. O mineiro sabe cozinhar e faz questão de comer bem, é cultural. Em qualquer canto de BH se come bem e barato sem frescuras e modismos, ponto muito importante para um calouro de faculdade.

Frequentei lugares que nunca esqueci e estão por lá até hoje como o Mercado Municipal, pra comer um fígado com jiló no café da manhã, o Bolão em Santa Tereza, que serve o macarrão e o famoso Rochedão madrugada adentro, e o Café Palhares, casa fundada em 1938 no centro da cidade que tem uma das melhores comfort foods que conheço: o CAOL, prato que abraça seu estômago e te deixa feliz.


O CAOL virou KAOL, segundo o Café Palhares, "pra dar mais pompa ao nome do prato", como se um K, sozinho, tivesse esse poder. Verdade é que o prato não precisa de perfumarias, é bom e pronto!

Originalmente composto de cachaça, arroz, ovo e linguiça. Hoje a receita leva couve, arroz, ovo, molho de tomate, farofa de feijão, torresmo e linguiça, que pode ser substituída por língua, dobradinha ou pernil e custa menos de quinze reais. A cachaça ficou na história.

Pra matar a saudade que anda apertando o coração, e o estômago, fiz uma homenagem pomposa que muita gente diria gourmetizada, só que não. É o CAOL Chique ou risoto de linguiça mineira com queijo canastra, ora-pró-nobis, ovo mole e vinagrete de tomate com pimenta.

A receita do risoto base já dei por aqui e você pode tirar, ou não o feijão e adicionar couve picada ou Ora-pro-nobis se conseguir encontrar. A receita do ovo pochê, também já dei ;-). Então falta a receita do vinagrete.


Vinagrete de tomate:
- 1 tomate em cubinhos sem sementes
- 100 ml de passata de tomate
- 2 colheres (sopa) de vinagre de vinho tinto
- 1 colher (sopa) de azeite
- molho de pimenta q.b.
- sal q.b.

Como fazer: Misture todos os ingredientes e reserve.

Depois é só montar o risoto, com o ovo mole e o vinagrete sobre o ovo. Eu ainda coloquei um pedaço extra de linguiça, que abri ao meio e passei na frigideira com um fio de azeite até ficar com as beiradas crocantes. De comer rezando pra aparecer logo uma viagem para Minas.

Nogal na Bota: Gelateria Millefoglie da Tarcisio, o melhor sorvete de Veneza! (E é barato.)

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Essa é uma dica de viagem e de onde comer infalível para quem está "perdido" em Veneza. O sorvete preferido da Vivi na cidade. Ela guarda há anos um guardanapo da Millevoglie da Tarcísio no cadernino de viagens. E ainda servem uma pizza muito boa. Coisa simples, pra pegar, sentar na calçada e comer feliz da vida.
A pizza, "basicona"é maravilhosa. Agora, se você for muito exigente não peça o calzone (só se a fornada estiver saindo na hora) porque eles esquentam no microondas. Se resolver experimentar um (ou se der sorte da fornada estar saindo naquela hora), peça o de cogumelos! O recheio é feito com cogumelos frescos e a Vivi adora.
Quanto aos sorvetes só digo uma coisa: são muito melhores do que parecem. O premiado cioccolato neroé o meu preferido.

Resumindo: barato e delicioso, com o sorvete mais gostoso de provei na Itália, batendo todas as sorveterias mais caras e cheias de confete.

O único problema é achar o lugar. Mas se você estiver em Veneza não vai achar ruim se perder pela cidade. :-)

Gelateria Millevoglie da Tarcisio 
Endereço: San polo 3033/3034, Veneza, Itália. Mapa.
Página no Tripadvisor.
A pizza custa 1,5€. Calzone de 2 a 3€, e o gelato 2€.
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